sexta-feira, 24 de junho de 2011

PERIGO !!!!





Cerca de 75% dos corais correm sério risco de extinção, segundo os cientistas/Foto: NOOA

As mudanças climáticas, a pesca predatória e a poluição atuam nos oceanos de uma forma cada vez mais intensa, que não havia sido antecipada. Esta é uma das principais conclusões de um estudo feito por especialistas do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês), entidade formada por cientistas e outros especialistas no assunto, segundo informações da BBC Brasil.

A pesquisa, que será apresentada nesta semana na sede da ONU, em Nova York, durante encontro sobre os oceanos, reuniu especialistas de diferentes disciplinas, incluindo ambientalistas com especialização em recifes de corais, toxicologistas e cientistas especializados em pesca.

''As conclusões são chocantes. Estamos vendo mudanças que estão acontecendo mais rápido do que estávamos esperando e de formas que não esperávamos que fossem acontecer por centenas de anos'', alertou Alex Rogers, diretor científico do IPSO e professor da Universidade de Oxford.

Entre as mudanças que estão ocorrendo antes do esperado estão o derretimento da camada de gelo no Ártico, na Groenlândia e na Antártida, o aumento do nível dos oceanos e liberação de metano no leito do mar.

O estudo observou também que existem efeitos em cadeia provocados pela ação de diferentes poluentes. A pesquisa observou, por exemplo, que alguns poluentes permanecem nos oceanos por estarem presos a pequenas partículas de plástico que foram parar no leito do oceano. Consequentemente, há um aumento também do poluentes que são consumidos por peixes que vivem no fundo do mar.
Ainda contamos com boa parte da biodiversidade mundial, mas o ritmo atual da extinção é muito mais alto (do que no passado) e o que estamos enfrentando é, certamente, um evento de extinção global significativa - Alex Rogers.

Partículas de plástico são responsáveis também por transportar algas de parte a parte, contribuindo para a proliferação de algas tóxicas, o que também é provocado pelo influxo para os oceanos de nutrientes e poluentes provenientes de áreas agrícolas.

O estudo descreveu ainda como a acidificação do oceano, o aquecimento global e a poluição estando agindo de forma conjunta para aumentar as ameaças aos recifes de corais, tanto que 75% dos corais mundiais correm o risco de extinção.

Entre as medidas que o estudo recomenda que sejam tomadas imediatamente estão o fim da pesca predatória, especialmente em alto mar, onde, atualmente há pouca regulamentação; mapear e depois reduzir a quantidade de poluentes, como plásticos, fertilizantes agrícolas e detritos humanos; e reduzir de forma acentuada os gases do efeito estufa.

domingo, 5 de junho de 2011

05 de Junho "Dia mundial do meio ambiente"

A SITUAÇÃO GLOBAL
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiça extinção de espécies.
Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento
não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e
pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os
conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O
crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os
sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão
ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
DESAFIOS FUTUROS
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida.
São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e
modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas
forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a
ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia
necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio
ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas
oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos
desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão
interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.
RESPONSABILIDADE UNIVERSAL
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família
humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e
com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.