quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Até quando ?

MUDAR É PRECISO

ATITUDE
A cada ano a mesma tragédia anunciada se repete, desabrigados e mortos se multiplicam; famílias destruídas. Omissão, incompetência, descaso, desleixo. As chuvas nessa época já se anunciaram nos anos anteriores. Obras de saneamento, contenção das encostas, drenagem dos rios e o combate a ocupação irregular em áreas de risco são feitos de forma precária e amadora, mas o preço que se paga é muito caro. O meio ambiente exige competência e atitude, exige mudanças. Conhecer e aplicar o verdadeiro conceito de mudar pode ser uma tarefa árdua e incessante daqueles que se dedicam à construção de uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável.
Diagnosticar e remediar as anomalias de uma sociedade em crise e estigmatizada pela injustiça a desigualdade social e o incentivo as ocupações irregulares, não é tão simples como ler a bula de um remédio e se automedicar, pois se o resultado não for satisfatório será apenas uma perda tão logo esquecida, assim como tantas outras que se perderam nas tristes e velhas lembranças de uma época marcada pelo medo e pelo autoritarismo. São tantas as necessidades que esta sociedade carece que nos levam a uma reflexão: por onde é possível começar a mudar?
A educação pode e deve ser a solução, mas precisa de mudanças imediatas, que possam surtir efeitos em curto prazo, tão curto quanto o salário desses professores, que se evapora com a mesma velocidade
em que os políticos buscam o poder. Falta de investimentos, corrupção, evasão, insegurança são palavras já tão massificadas no dia-a-dia e muitas vezes encaradas com tanta naturalidade que nos dão a certeza de que é preciso mudar. É lamentável ser um país emergente com tantas riquezas mal
distribuídas, cidadãos robotizados, escravos de uma globalização suja e desumana, que aceita o inaceitável de forma passiva e inquestionável, tão quão os fracos e covardes que perderam a luta por medo de arriscar.
É preciso deixar para trás o período do autoritarismo e viver o presente, pois para projetar o futuro é necessário encarar a realidade e entender que as mudanças têm que começam em cada um de nós. Não vamos cometer os mesmo erros outrora, para não ter que pesar sobre nós a responsabilidade de uma geração que de nada contribuiu para o crescimento da nossa nação. Essa triste realidade que hoje vivenciamos, não pode mais ser aceita e ingerida com a mesma naturalidade em que se ingere um analgésico, pois a sua digestão poderá trazer efeitos trágicos e irrecuperáveis. A sociedade não aguenta mais tantas promessas e fórmulas mágicas para resolver seus problemas. A sociedade quer e precisa é de educação, investimentos, trabalho, garantias e soluções, pois só dessa forma terá a certeza de dias mais prósperos e felizes.
Um país sério se constrói com homens sérios, empenhados incansavelmente na construção de uma sociedade justa, fraterna, sem preconceitos sem desigualdades sociais e que trate seu meio ambiente, com respeito e competência. É pensando e agindo desta
forma que certamente faremos do Brasil o país que tanto queremos. Essa mudança começa em nós.

Roberto Rosa.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Aquecimento global


Navio que dá volta ao mundo para desvendar o aquecimento global atraca no Brasil


O navio Hespéride, que iniciou sua viagem de volta ao mundo dia 15 de dezembro partindo de Cádiz, na Espanha, atracou no Rio de Janeiro quinta-feira (13) depois de cerca de um mês em alto mar. A tripulação é composta por 95 exploradores - incluindo três brasileiros - em busca de desvendar mistérios como sobre o aquecimento global. Em nove meses, o navio vai percorrer 77.784 quilômetros passando por cidades como Sidney, na Austrália, e Honolulu, no Havaí.
O navio é o primeiro do mundo equipado com instrumentos que detectam se o carbono coletado da água tem origem natural ou artificial. Dessa maneira, consegue medir a influência no oceano do carbono emitido pelo homem. Os pesquisadores farão experimentos em 350 pontos diferentes e recolherão 70 mil amostras de ar, água e plâncton da superfície e das profundezas dos oceanos. Os dados serão mantidos na na Universidade de Cádiz, na Espanha, durante os próximos 30 anos. O acervo poderá ser acessado para pesquisa pela comunidade científica internacional.
Entre os pesquisadores brasileiros que participam da missão estão Alex Enrich Prast, professor do Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Humberto Marotta, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Luana Queiroz Pinho, doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A expedição é integrada por 19 instituições estrangeiras, até a agências espaciais dos Estados Unidos (Nasa) e da Europa (ESA) embarcaram na história, sendo que 400 pesquisadores participam dos estudos.
Além de analisar o impacto das mudanças climáticas no oceno, a expedição pretende promover a exploração da biodiversidade do oceano profundo, analisar as repercursões da expedição do espanhol Alejandro Malaspina e impulsionar as ciências relacionadas ao mar na Espanha.
Malaspina 2010
O projeto foi batizado como Malaspina 2010 em homenagem ao navegador espanhol Alejandro Malaspina que, em julho de 1789, iniciou a primeira expedição de circunavegação ibérica. Em 2010, sua morte completou 200 anos. O investimento do Ministério de Ciência e Inovação da Espanha é de cerca de 17 milhões de euros. É possível acompanhar, virtualmente, a viagem pelo site oficial.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

licença para obra em Belo Monte sai até fevereiro

Ministro Lobão: licença para obra em Belo Monte sai até fevereiro.

Fonte: Agência Estado
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que a licença do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), será concedida até a primeira quinzena de fevereiro. Segundo ele, a garantia foi dada ontem pela ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. Lobão disse que a licença de instalação será concedida uma semana depois.
Segundo o ministro, nesse encontro, também foi pedido prioridade para a concessão de usinas hidrelétricas e linhas de transmissão para que não haja atraso nas obras. "Temos mais de 30 pendências (de licenças ambientais) para hidrelétricas e linhas de transmissão", disse. De acordo com Lobão, "com a promessa da ministra", essas pendências serão solucionadas.
Lobão disse que os atrasos para a liberação das licenças são justificados, na maioria das vezes, pela alegação de falta de pessoal nos órgãos ambientais. Mas há casos também em que o atraso é decorrente da falta de encaminhamento da documentação necessária pelos próprios consórcios. "Há casos em que a demora é dos consórcios", disse.

Usinas nucleares

O governo também pretende aprovar neste ano o projeto para construção de quatro novas usinas nucelares no País. Segundo o ministro de Minas e Energia, já está decidido que duas usinas serão construídas na região Nordeste e outras duas, no Sudeste. "Vamos ter uma reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) para tratar disso. Os sítios estão sendo localizados. Temos esperança de avançar com esses projetos", afirmou o ministro em sua primeira entrevista à imprensa após retomar a chefia da pasta.
Segundo Lobão, ainda não está definida a capacidade de produção de energia que essas novas usinas terão. Por isso, o governo não tem estimativas de qual será o investimento necessário para construir as unidades. Lobão não descartou a possibilidade de empresas privadas participarem dos consórcios que irão tocar as usinas. "Esse é um pleito que está sendo examinado. Gosto da ideia, mas isso tem que ser decidido pela presidente Dilma", disse o ministro.

Opinião: Em 16 de dezembro de 2010 Izabella Teixeira foi anunciada que iria permanecer ocupando o cargo no Ministério do Meio Ambiente no governo de Dilma Rousseff a partir de 2011, contrariando a área ambiental do Partido dos Trabalhadores, as organizações da sociedade civil e o próprio corpo técnico do MMA, que argumentavam sobre a importância da escolha de um Ministro do Meio Ambiente com significância política, que pudesse equilibrar a preponderante vertente desenvolvimentista do novo governo. O convite para permanecer no cargo se deveu, principalmente, a sua inexpressividade política, à pressão do ex-ministro Carlos Minc para manter sua influência no Governo Federal e a uma combinação rara de truculência com os movimentos sociais e subserviência a alguns setores industriais, principalmente ao setor de petróleo, com o qual a ministra mantém vínculos estreitos. Seu lema de gestão tem sido a flexibilização do licenciamento ambiental e a leniência na aprovação de normas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente. Ou seja vai passar tudo.

Roberto Rosa.