sexta-feira, 11 de março de 2011





Japão agora corre risco de explosão nuclear pior do que a de Chernobyl

A Associação Nuclear Mundial informou que 4 caminhões geradores já chegaram ao local da usina nuclear para fornecer energia ao sistema de resfriamento. E que técnicos da Tepco (Companhia de Eletricidade de Tóquio), responsável pela usina, já estão puxando novos cabos para levar eletricidade da rede até a usina.

Os técnicos nucleares japoneses estão tentando evitar que a tragédia do terremoto e do tsunami seja superada pelo maior desastre nuclear da história. O tremor de terra e a onda gigante abalaram os sistemas de segurança de dois reatores nucleares da usina de Fukushima. Os reatores agora contam com a energia de baterias reservas para manter a água do sistema de resfriamento dos reatores circulando, e evitar que o combustível nuclear se funda, o que causaria uma explosão, com vazamento de grande material radioativo.

Após o tsunami, o Japão começou a desligar as usinas nucleares que fornecem 80% da energia do país. Mas esse desligamento não é imediato. O coração dos reatores são pastilhas com combustível nuclear que leva horas para esfriar. Essas pastilhas ficam mergulhadas em uma piscina com água de resfriamento. E bombas acionadas eletricamente precisam manter a água circulando. O problema é que o tsunami rompeu as linhas de transmissão elétricas para a usina. O desastre também afetou o gerador a diesel, que poderia gerar energia de emergência. Os técnicos conseguiram fazer o sistema funcionar graças a baterias de reserva existentes em cada reator. Mas essas baterias só tem carga para abastecer o sistema de resfriamento por até 8 horas. Para tentar reduzir os riscos, os técnicos japoneses optaram por deixar escapar parte do vapor radioativo aprisionado dentro do reator. A ideia é reduzir um pouco a pressão interna no local.

Há notícias de que a Força Aérea americana está levando equipes para ajudar os japoneses a resolver a crise. Os aviões americanos estariam levando baterias reservas para fornecer mais energia ao sistema de resfriamento.

Se o sistema parar de funcionar, a água começa a ferver e o material radioativo pode se fundir. Segundo o americano Kevin Kamp, especialista em energia nuclear do Instituto Público de Precisão, caso isso aconteça, o desastre pode ser pior do que o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

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